Psicologa Claudia Foz

Fenomenologia

Fenomenologia é uma metodologia utilizada, por alguns profissionais, na Psicologia. O termo Fenomenologia, do grego phainesthai (aquilo que se apresenta ou que mostra)  e logos (explicação, estudo) é uma metodologia e corrente filosófica que afirma a importância dos fenômenos da consciência, os quais devem ser estudados em si mesmos. Edmund Husserl (1859-1938) – filósofo, matemático e lógico – é o fundador desse método de investigação filosófica e quem estabeleceu os principais conceitos e métodos. Martin Heidegger (1889-1976), em sua obra “Ser e Tempo” aborda a questão fundamental que nos acompanha, que é o “sentido do ser” no nosso lento e penoso desabrochar. Pode-se acrescentar ainda Hegel (1770-1830) com sua “Fenomenologia do espírito”, Nietzsche (1844-1900) com sua obra “Zaratustra” e Maurice Merleau-Ponty (1908-1961) com sua “Fenomenologia da percepção” e “A prosa do mundo”, como grandes nomes e mestres para os Psicólogos que enveredam pela Fenomenologia. Esse método, considera, a Consciência, a Intencionalidade, a Temporalidade, a redução fenomenológica, a “redução eidética” (redução à ideia; encontrar sua essência), para compreensão do ser e do modo como vive ou lida com sua existência. A redução fenomenológica requer a suspensão das atitudes, crenças, teorias, e colocar em suspenso o conhecimento das coisas do mundo exterior a fim de que a pessoa se concentre exclusivamente na experiência em foco, porque esta é a realidade para ela. Examina a relação entre a consciência e o Ser. Se preocupa com o conhecimento do mundo na forma que se realiza e na visão do mundo que o indivíduo tem. A fenomenologia é o estudo da consciência e dos objetos da consciência. O interesse para a Fenomenologia não é o mundo que existe, mas sim o modo como o conheci-mento do mundo se realiza para cada pessoa.  O método Fenomenológico, se pauta no reconhecimento de ser o cliente um ser-no-mundo e ser-com-outro preenchido de vivências e experiências e com potencial de escolhas, subjetividades e singularidades temporais e existenciais, que possibilitam sua tomada de decisão e a ocorrência da relação e aliança terapêutica. Busca, ainda, a apreensão dos sentidos presentes na vida cotidiana, como cita Pimentel (2018)

Imagem utilizada - crédito: Image by pikisuperstar on Freepik

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *